sábado, 4 de março de 2017

VEMOS, OUVIMOS E LEMOS. NÃO PODEMOS IGNORAR



Uma Viagem Fatal para as Crianças: A Rota Migratória do Mediterrâneo Central

O percurso do Norte de África, das costas da Líbia, para a Europa, através do Mediterrâneo central, é uma das mais mortíferas e perigosas rotas migratórias para  crianças e mulheres. O relatório, divulgado pela UNICEF, denuncia situações de grande violência e abusos sexuais, por parte de contrabandistas, traficantes e grupos de crime organizado.

No ano passado, mais de 181 mil refugiados e migrantes - incluindo mais de 25 mil crianças desacompanhadas - chegaram a Itália por esta rota. No mesmo período, pelo menos 4.579 pessoas morreram quando tentavam atravessar o Mar Mediterrâneo, incluindo 700 crianças.

Segundo o relatório, os centros de detenção líbios geridos pelo Governo e por milícias armadas têm servido como negócios lucrativos que se alimentam do tráfico de pessoas. Sobrelotados e incapazes de garantir as condições mínimas de segurança, estes centros não são mais do que campos de trabalhos forçados e prisões improvisadas onde milhares de crianças e mulheres migrantes vivem encarceradas durante meses, enfrentando situações de violência e fome.



Vão crescendo os muros anti-refugiados na Europa

A Hungria está a começar a construir uma segunda vedação de arame farpado ao longo da fronteira com a Sérvia, equipada com camaras de vigilância e termográficas e, a cada 15 centímetros, com sensores que ativam um alarme quando a cerca é tocada. O seu custo é de 123 milhões de euros.

Ao mesmo tempo que arranca a construção da segunda vedação, o governo húngaro prepara-se para tentar fazer passar uma lei que dará poder às autoridades para deter qualquer requerente de asilo e devolvê-lo à Sérvia, independentemente do local onde seja feita a detenção.

Entretanto, na Alemanha, registou-se durante o ano de 2016 mais de 3500 ataques contra refugiados e abrigos de requerentes de asilo, de que resultou 560 feridos, dos quais 43 eram crianças. 





Quase um milhão e meio de crianças estão em risco iminente de morrer à fome.

O alerta é da UNICEF, que denuncia que quase 1,4 milhões de crianças estão em risco iminente de morte, este ano, devido à má nutrição aguda grave causada pela fome que paira sobre a Nigéria, a Somália, o Sudão do Sul e o Iémen.

O Programa Alimentar Mundial diz que são 20 milhões as pessoas que podem morrer até ao fim do Verão nestes quatro países. As guerras e a seca são as causas diretas.
Só no Iémen, hoje, há 2,1 milhões de crianças malnutridas e 18,8 milhões de pessoas – mais de dois terços da população – a precisar de ajuda alimentar.

Também o mais recente relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), subordinado às perspetivas de colheita e situação alimentar, realça que a fome ameaça 37 países (28 dos quais no continente africano) que dependem da ajuda alimentar externa devido aos conflitos e à seca, apesar de abundarem as colheitas a nível mundial.




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