sábado, 8 de abril de 2017

Iémen - a guerra no país mais pobre do médio oriente

Dois anos de violência gratuita e massacres, milhares de mortos e milhões de pessoas que necessitam desesperadamente de ajuda.


Cerca de 17 milhões de pessoas estão em risco de fome no Iémen, segundo dados revelados pelas Nações Unidas. O conflito armado que se arrasta há dois anos levou ao fim das produções agrícolas e está a impedir a entrada de ajuda humanitária no país. As Nações Unidas dizem tratar-se de uma das piores situações de fome em todo o mundo. As organizações humanitárias advertem que estará a atingir-se o “ponto de não retorno”.

Vinte das 22 províncias do país estão em situação de ‘emergência’ ou ‘crise’ alimentar e quase dois terços da população estão em situação de fome, a necessitarem de apoio para a sobrevivência e subsistência”, refere o comunicado da organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.

Os dados representam um agravamento de 21% em relação aos que haviam sido reunidos em junho de 2016. “Se as coisas não forem feitas agora, depois olharemos para trás e veremos que milhões de crianças morreram à fome, e que todos tínhamos consciência da situação há algum tempo. Isto irá envergonhar-nos como comunidade internacional ao longo dos próximos anos”, denuncia o porta-voz da ONG Save the Children.

Neste momento, 2,2 milhões de crianças estão em condições de má nutrição grave, e mais de 460 mil em má nutrição extrema.

O número de pessoas extremamente pobres e vulneráveis tem vindo a subir em flecha. Cerca de 80 por cento das famílias estão endividadas e metade da população vive com menos de 2 dólares por dia, diz o relatório.

À medida que os recursos das famílias tem vindo a diminuir, o número de crianças recrutadas para a guerra, bem como os casamentos precoces, aumentaram. Mais de dois terços das raparigas casam antes dos 18 anos.


Perto de 1.600 escolas deixaram de funcionar porque ficaram destruídas, danificadas ou porque estão a ser usadas para acolher famílias deslocadas. Cerca 2 milhões de crianças estão fora da escola. 

Relatório da UNICEF AQUI


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