sexta-feira, 25 de novembro de 2016

CALAR, NUNCA!

Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher.



Mais de 450 mulheres foram assassinadas em Portugal nos últimos 12 anos e 526 foram vítimas de tentativa de homicídio, a grande maioria por parte de homens com quem viviam uma relação de intimidade.

Em 2015, 29 mulheres morreram em Portugal vítimas de violência doméstica, tendo sido registadas 26.595 denúncias.

De 1 de janeiro a 20 de novembro de 2016, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR)  assinalou 22 mulheres mortas às mãos dos maridos ou ex-companheiros e 23 mulheres vítimas de tentativa de homicídio.

Segundo dados da Associação de Apoio à Vítima (APAV), 22 387 vítimas de violência doméstica procuraram a associação para pedir apoio, entre 2013 e 2015. Destas, 35,7% fizeram-nos após calarem os abusos sofridos, em média, entre dois a seis anos.

Apesar do período de vitimação continuada ter vindo a decrescer, ainda existe uma parcela elevada de vítimas (15, 7%) que silenciam denúncias ao longo de 25 anos e até mais.
Desde o dia 1 de janeiro, a PSP e a GNR efetuaram cerca de 50 mil avaliações e reavaliações de risco de vítimas de violência doméstica. De acordo com um comunicado enviado ontem pelo Ministério da Justiça, entre janeiro e setembro de 2016, foram aplicadas pelos tribunais 423 medidas de proibição de contacto entre agressor e vítima, fiscalizadas por vigilância eletrónica. Em setembro, existiam 505 indivíduos monitorizados.




“O pingo da torneira incomoda? E a violência na casa ao lado? Vai ignorar até quando?”


Esta campanha, lançada hoje pelo Governo, pretende chamar a atenção de todos os cidadãos para que sejam mais ativos contra a violência. Quando a torneira pinga temos tendência a fechá-la porque nos incomoda. Perante um episódio de violência doméstica, não se pode fingir que não se passa nada.

Sem comentários:

Enviar um comentário