“A luta é minha vida. Lutarei pela Liberdade
até ao fim dos meus dias.”
Foi em
2009 que a ONU declarou o dia 18 de julho como o “Dia Internacional Nelson Mandela”, como forma de prestar
homenagem a um dos grandes impulsionadores da democracia e da paz no
mundo e de lembrar que cada homem tem um impacto no mundo e o poder de o mudar.
Quem foi Nelson Mandela?
Nascido
a 18 de julho de 1918, foi um importante líder político que lutou contra o
sistema de apartheid no seu país, a África do Sul. O apartheid, que significa
“vidas separadas”, era o regime de segregação racial existente na África do Sul
em que os brancos controlavam o poder enquanto a grande maioria da população,
negra, não gozava de direitos políticos, económicos e sociais mais básicos.
A sua frase - “A luta é minha vida” - resume a sua
existência. Formado em Direito, em 1944 assumiu-se como líder do movimento de
resistência à opressão da minoria branca sobre a maioria negra na África do
Sul. Tornou-se um símbolo de resistência pelo vigor com que enfrentou os
governos racistas do seu país, sem perder a força e a crença nos seus ideais,
inclusive nos 28 anos em que esteve preso (1962-1990). Mesmo na prisão
conseguiu organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país,
recebendo apoio de vários segmentos sociais e de governos de todo o mundo. Em
1990 foi solto e a sua liberdade foi um dos primeiros passos para uma sociedade
mais democrática na África do Sul.
Em 1993, em conjunto com o presidente do país, Fredrick de Klerk, recebeu
o Prémio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na
África do Sul. Em 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente do país nas primeiras
eleições em que os negros puderam votar. Na sua tomada de
posse, declarou: “Comprometemo-nos a
construir uma sociedade em que todos os sul-africanos, brancos ou negros,
possam caminhar de cabeça erguida, sem nenhum medo, certos do direito
inalienável da dignidade humana, na nação do arco-íris, em paz com o mundo e
consigo mesma.”
Terminado o mandato de presidente, em 2004, Mandela
afastou-se da política, mas permaneceu atuante e dedicado à causa de várias
organizações sociais em prol dos direitos humanos. Com a sua morte, em 5 de
dezembro de 2013, aos 95 anos, o mundo perdeu uma importante referência
histórica da luta pelos Direitos Humanos e contra a discriminação racial, que
continua a fazer-se sentir, não só na África do Sul como em muitas outras
partes do mundo.
Algumas citações dos seus discursos:
”Lutei contra a dominação branca e lutei contra a
dominação negra. Eu estimo o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual
todas as pessoas possam viver juntas em harmonia com igualdade de
oportunidades. É um ideal que espero viver e ver realizado. Mas, meu Senhor, se
for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer.“
“A educação é a arma mais forte que se
pode usar para mudar o mundo.
Os sonhos um dia podem tornar-se
realidade e não há caminho fácil para a liberdade. A luta tem que ser diária e
com perseverança para podermos atingir o objetivo de, um dia, as pessoas
viverem como verdadeiros irmãos, com liberdade e respeito pelo seu semelhante”.
“Nascemos para manifestar a glória do Espírito que está dentro de nós.
Não está apenas em alguns de nós: está em todos nós. E conforme deixamos a nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos às outras pessoas oportunidades para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos dos nossos medos, a nossa presença, automaticamente, liberta os outros.”
Não está apenas em alguns de nós: está em todos nós. E conforme deixamos a nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos às outras pessoas oportunidades para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos dos nossos medos, a nossa presença, automaticamente, liberta os outros.”
”Ser livre não é apenas um ato de quebrar as correntes,
mas viver de uma forma que respeite e aumente a liberdade dos outros.”
“Ninguém nasce
odiando outra pessoa pela cor de sua pele, pela sua origem ou pela sua
religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar
também podem ser ensinadas a amar.”
“O que conta na vida não é o simples facto de vivermos. A
diferença que fizermos na vida dos outros é que determina a importância da vida
que levamos.”
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