Assinala-se
esta terça-feira, 20 de junho, o Dia
Mundial do Refugiado para
render homenagem ao valor e resiliência de milhões de pessoas e famílias que
foram obrigadas a abandonar tudo devido à guerra, à perseguição e à
discriminação, num mundo onde as fronteiras parecem fechar-se, as valas e muros
parecem ser a resposta de alguns Estados aos grandes deslocamentos de migrantes
e refugiados e em que o espaço humanitário tende a reduzir-se.
Segundo as Nações Unidas, em todo o mundo existem 65,6 milhões
deslocadas à força: 22,5 milhões são refugiados - mais de metade são menores de
18 anos, 40,3 milhões são pessoas
deslocadas internamente e 2,8 milhões são requerentes de asilo.
Estas novas vagas de mobilidade humana deve-se principalmente
a conflitos, desastres, degradação ambiental e em particular às desigualdades
entre o sul e o norte.
Mais de
um milhão de refugiados precisam de ser recolocados noutro país, mas apenas um
em cada 13 irá consegui-lo, de acordo com a ONU que diz que só há 93.200
lugares disponíveis para 2017.
De acordo com os números da Organização Internacional para as Migrações
(OIM) os migrantes e potenciais refugiados que chegaram em 2017 à Europa
através do Mediterrâneo atingem as 60.000 pessoas. Cerca de 85% dos migrantes
registados até 10 de maio chegaram a Itália. Os restantes 15% chegaram à
Grécia, a Chipre e a Espanha.
Entre 1 de janeiro e 22 de maio registaram-se 1.300 mortes, três vezes mais
que em 2016. Já foram resgatados mais de 20 mil migrantes nesta rota desde
o início do ano. Desde 2014 mais de 14.000 pessoas morreram no
Mediterrâneo, quando tentavam alcançar a Europa.
Guerra, violência e
perseguição elevam deslocamentos forçados a um nível sem precedentes LER AQUI
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