Em
conflitos e catástrofes - Protejamos as crianças do trabalho infantil
As crianças que estão em áreas afetadas por conflitos e
desastres estão entre as mais vulneráveis. Nenhuma criança deve ser deixada
para trás.
Celebra-se a 12 de Junho o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
Criado em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), este dia tem
como objetivos alertar a sociedade e os poderes políticos para a realidade de
muitas crianças que são obrigadas a trabalhar no seu dia-a-dia e agregar
esforços, num movimento global, para a eliminação do trabalho infantil.
Trata-se de um estímulo para que todas
as nações adotem normas e ações sólidas de combate ao trabalho infantil, como o
desenvolvimento de políticas que protejam os direitos das crianças, inspeções
regulares em locais de trabalho e a garantia do acesso das crianças à educação.
Em 2017, o
foco da OIT para a data é o impacto dos conflitos e catástrofes sobre o
trabalho infantil. Estima-se que 250 milhões de crianças vivam em áreas
afetadas por conflitos armados. As crianças representam mais da metade das 65
milhões de pessoas atualmente deslocadas pela guerra. Uma proporção
significativa das 168 milhões de crianças envolvidas no trabalho infantil vive
em áreas afetadas por conflitos e catástrofes.
Segundo a UNICEF o trabalho infantil é uma realidade para 168 milhões de
crianças em todo o mundo: 99 milhões no setor agrícola e os restantes em
atividades como a extração mineira, a manufatura e o turismo. Na África subsaariana 25% das crianças de
idade compreendida entre 5 e 14 anos, já trabalham; na Ásia meridional são 12%,
ou seja 77 milhões de crianças. No Paquistão, 88% das crianças entre 7 e 14
anos que não vão à escola, trabalham. No Bangladesh são 48% e na Índia, 40%.
Também a organização
Comércio Justo chamou a atenção para a utilização de menores em situações de
trabalho forçado e de exploração nos setores da alimentação e têxtil,
destacando a necessidade dos consumidores procurarem conhecer as condições de
fabrico dos produtos para evitar a violação dos direitos das crianças.
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