Portugal sofre a pior seca dos últimos 40 anos com
cerca de 60% do território em seca severa ou extrema. Há várias
produções agrícolas ameaçadas, populações que podem ficar sem água e a REN não
afasta a possibilidade da subida de preço da energia. Devido à seca, e para
manter a qualidade da água utilizada para consumo humano, 150 toneladas de
peixe foram retiradas de quatro barragens no Alentejo.
Em finais de Agosto, no norte da Índia, no Nepal e no Bangladesh, milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido a inundações provocadas por chuvas particularmente intensas. Milhares de aldeias no nordeste da Índia ficaram sem eletricidade ou água potável. Mais de 1200 pessoas morreram.
Em finais de Agosto, no norte da Índia, no Nepal e no Bangladesh, milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido a inundações provocadas por chuvas particularmente intensas. Milhares de aldeias no nordeste da Índia ficaram sem eletricidade ou água potável. Mais de 1200 pessoas morreram.
Pela mesma altura, o furacão Harvey provocava milhares de deslocados nos
estados do Texas e Louisiana, nos Estados Unidos da América, bem como inundações
nunca antes vistas nessas regiões.
O furacão Irma, o mais forte de que há história, continua a sua rota de destruição
pela América Central. E já aí estão mais dois em movimento: José e Katia.
A
ponto dos cientistas estarem em vias de mudar o nome da época geológica atual: sairíamos
do Holoceno, inaugurada com o fim da era glacial, e entraríamos no Antropoceno – a Era dos Humanos.
Sem
dúvida, a humanidade se multiplicou e melhorou o seu padrão de vida na era do Antropoceno.
Mas nunca uma espécie destruiu tantas outras espécies e consumiu tantos
recursos naturais em tão pouco tempo, além de gerar lixo, poluição e um rastro
de perdas e danos ambientais. Mas
toda essa aceleração da dominação humana e da exploração da natureza provocou
danos sem retorno.
Destruiu
florestas para utilizar as madeiras de lei, fazer carvão e ampliar as
atividades da agricultura e
da pecuária.
Represou rios, drenou pântanos, alterou a paisagem natural. Danificou os solos,
ampliou as áreas desérticas e gerou desertos verdes que provocam a eliminação total ou parcial das espécies animais que caracterizam
uma região. O sistema de produção e consumo que satisfaz o desejo de possuir
bens e serviços gera crescentemente lixo, resíduos sólidos e poluição. Os aterros sanitários são
uma fonte de propagação de doenças e de danos ambientais. Os oceanos tendem a
ter mais plásticos poluidores do que peixes. Dezenas de milhares de espécies
desapareceram e outras centenas de milhares estão em riscos de extinção. Para
manter o crescimento económico, a terra foi revolvida para extrair minérios,
para procurar petróleo no fundo do subsolo e para outros usos que emitem gases
de efeito estufa que alteram a química da atmosfera, provocando o
aquecimento global e a acidificação dos solos e das águas, além do aumento do
nível dos mares, o que ameaça bilhões de pessoas que vivem ou dependem das
áreas costeiras.
É
hora de refletir sobre o terrível poder da natureza e da nossa responsabilidade.
Furacões e o Cuidado do Bem Comum
Furacões e o Cuidado do Bem Comum
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