“Não se
fala apenas de garantir a comida ou um decoroso sustento para todos, mas
prosperidade e civilização nos seus
múltiplos aspetos. Isto engloba educação, acesso aos cuidados de saúde e
especialmente trabalho, porque, no trabalho livre, criativo, participativo e
solidário, o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida. O salário
justo permite o acesso adequado aos outros bens que estão destinados ao uso
comum.” (Evangelli Gaudium, 192)
“Perante o atual desenvolvimento da economia e as
dificuldades que atravessam a atividade laboral, é preciso reafirmar que o
trabalho é uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os
indivíduos. O desemprego que atinge vários países europeus é a consequência de
um sistema económico que já não é capaz de criar trabalho, porque colocou no
centro um ídolo, que se chama dinheiro. O trabalho é um direito de todos, que
deve estar disponível para todos”. (do discurso do
Papa Francisco num encontro com operários italianos)
“Cada
homem e mulher que diariamente se esforça a realizar o seu trabalho, está a
participar no plano criador de Deus Pai. Por isso qualquer ataque à dignidade
do trabalho humano é um ataque à dignidade dos homens e mulheres que o realizam
e, consequentemente, uma negação de Deus. O desemprego, a precariedade laboral,
o subemprego, a economia paralela, as condições de exploração e insegurança, o
trabalho infantil, a discriminação laboral por razão de sexo ou raça, a
injustiça e discriminação salarial, tudo isto constituem atentados à dignidade
humana cometidos contra os trabalhadores e que se repercutem gravemente nas
suas condições de vida e das suas famílias, desumanizando a sua existência.
Quando a sociedade põe no centro o dinheiro e não a pessoa, nega a primazia do
ser humano sobre as coisas, nega a primazia de Deus. O modo de conceber, hoje
em dia, o trabalho, gera pobreza e exclusão e desumaniza o trabalho e o
trabalhador.” (da nota da Comissão
Episcopal Espanhola para a celebração do 1º de Maio)
A Plataforma ‘Compromisso Social
Cristão’, que congrega sete organizações da Igreja Católica em Portugal, lançou
uma proposta de reflexão para a celebração o 1.º de maio, sublinhando a
“dignidade” de quem trabalha ou procura emprego. “Queremos em conjunto procurar ações
concretas que nos façam ser parte ativa neste olhar de uma ecologia integral
que crie a mudança, promova a criação de valor para todos, promova uma cultura
de inclusão, em vez de exclusão, promova a dignidade de todos e de cada um dos
trabalhadores, em vez de uma cultura utilitarista e de descarte”, explica o
documento, intitulado Ser cristão no trabalho:um desafio
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