Ahmed, 12 anos, é de Damasco na Síria.
Harry, 92 anos, é natural de Berlim na Alemanha. Têm em comum serem refugiados.
O primeiro da guerra da Síria, o segundo da II Guerra Mundial. Num pequeno
filme da Unicef, mostram, de forma muito clara, os desafios que as crianças
refugiadas continuam a enfrentar.
Os dois contam as suas histórias
pessoais, o abandono forçado das suas casas e as suas penosas deslocações em
busca de segurança. Apesar dos 80 anos que as separam, as duas histórias têm
muitas semelhanças.
Ahmed e Harry descrevem detalhes
terríveis das suas experiências, entre os quais ataques a casas e escolas, a
fuga como alternativa à morte, e as perigosas viagens por terra e mar. Harry
acabou por encontrar refúgio no Reino Unido, onde vive desde então, enquanto
Ahmed encontrou segurança na Suécia, onde se reuniu com a sua família e está
agora de regresso à escola.
“As
necessidades dos refugiados nunca foram tão grandes. Agora, mais do que nunca,
precisam do nosso apoio. Esperamos que este vídeo sirva para lembrar que por
trás dos títulos que fazem as notícias estão histórias individuais de crianças.
Nem refugiados, nem migrantes, mas crianças, cujo sonho mais imediato é a
segurança e a possibilidade de um futuro mais promissor”, refere a Diretora
de Comunicação da Unicef.
Em todo o mundo, há perto de 50
milhões de crianças desenraizadas – das quais 28 milhões foram “arrancadas” das
suas casas devido a conflitos para os quais não contribuíram minimamente. E muitos
outros milhões migraram na esperança de encontrar uma vida melhor e mais
segura. Frequentemente
traumatizadas pelos conflitos e pela violência dos quais fogem, estas crianças
encontram novos perigos pelo caminho – morte ou ferimentos durante as viagens
por terra e por mar, má nutrição e desidratação, tráfico, rapto e até
homicídio.
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