“Não se fala apenas de garantir a comida ou
um decoroso sustento para todos, mas prosperidade e civilização nos seus múltiplos aspetos. Isto
engloba educação, acesso aos cuidados de saúde e especialmente trabalho,
porque, no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano
exprime e engrandece a dignidade da sua vida. O salário justo permite o acesso
adequado aos outros bens que estão destinados ao uso comum.” (Papa Francisco, Evangelli
Gaudium, 192)
“Convencida de que o trabalho
constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra” (Laborem Exercens, 4), a
Igreja coloca-se ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras na sua luta por
justiça e dignidade. (…) O trabalho não é mercadoria, mas um modo de expressão
direta da pessoa humana (cf. Mater et Magistra, 18) que, por meio
dele, “deve procurar o pão quotidiano e
contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo
para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em
comunidade com os próprios irmãos” (Laborem Exercens, Intr.)
Além disso, recorda-nos o Papa Francisco, o trabalho
humano é participação na criação que continua todos os dias, inclusive, graças
às mãos, à mente e ao coração dos trabalhadores: “Na terra, há poucas alegrias maiores do que as que sentimos ao
trabalhar, assim como há poucas dores maiores do que as do trabalho, quando ele
explora, esmaga, humilha e mata”.
Com tão grande dignidade, o
trabalho humano não pode ser governado por uma economia voltada exclusivamente
para o lucro, sacrificando a vida e os direitos dos trabalhadores e
trabalhadoras.
Ao Estado compete cuidar para
que as relações de trabalho se deem na justiça e na equidade (cf. Mater et Magistra, 21).“
(da nota da Conferência Episcopal dos Bispos do
Brasil para a celebração do 1º de Maio de 2018)
Uma TERRA, um TETO, um TRABALHO,
VIDA DIGNA para a CLASSE TRABALHADORA
Assim se intitula a mensagem do Movimento Mundial
de Trabalhadores Cristãos para este dia que pode ser lido AQUI
“O trabalho precário é uma
ferida aberta para muitos trabalhadores, que vivem no medo de perder o próprio
trabalho. Precariedade total. Isso é imoral. Isso mata: mata a dignidade, mata
a saúde, mata a família, mata a sociedade” (Papa Francisco na Semana Social da
Conferência Episcopal Italiana).
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