"Com
espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome
ou se vêem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações,
perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos
cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há
muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz
numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto. (...)
Em
muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza
os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos
recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a
todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Quem fomenta o medo contra os
migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia
violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande
preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos. (...)
Todos
os elementos à disposição da comunidade internacional indicam que as migrações
globais continuarão a marcar o nosso futuro. Alguns consideram-nas uma ameaça.
Eu, pelo contrário, convido-vos a vê-las com um olhar repleto de confiança,
como oportunidade para construir um futuro de paz.(...)
Oferecer
a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma
possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura, exige uma estratégia
que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar."
(Da mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial da Paz)
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