O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número dois
diz: “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da
nutrição e promover a agricultura sustentável”.
Há poucos dias, a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) constatava que a fome no mundo voltou a crescer depois
de anos em constante queda. São 38 milhões de pessoas a mais, num total de 815
milhões. O crescimento desse índice pode estar associado às migrações que
muitas vezes obrigam as pessoas a fugirem de seus países.
Um mundo mais justo, solidário e generoso é um mundo com segurança
alimentar e que trate todos de forma igual.
Anualmente, no dia 16 de outubro, celebra-se o Dia
Mundial da Alimentação. Neste ano, o tema proposto pela FAO é “Mude o futuro da migração. Investir na
segurança alimentar e no desenvolvimento rural.”
O mundo está em constante movimento. Hoje e devido ao
aumento de conflitos e instabilidade política, foram forçadas a fugir de suas
casas mais pessoas do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, a fome, a pobreza e um aumento de eventos climáticos extremos
relacionados com as mudanças climáticas são outros fatores importantes que
contribuem para o desafio da migração.
Grandes movimentos de população representam, hoje, desafios
complexos que requerem uma ação global. Muitos migrantes chegam a países em
desenvolvimento, criando tensões onde os recursos já são escassos, mas a
maioria, cerca de 763 milhões, estão em movimento dentro do seu próprio país.
Três quartos das pessoas em situação de extrema
pobreza baseiam a sua subsistência na agricultura e outras atividades rurais.
Criar condições que permitam, especialmente aos jovens, ficar em casa com
segurança e meios de vida mais resistentes, é um componente crucial de qualquer
plano para resolver o problema da imigração.
Segundo a FAO, cerca de um terço de toda a comida produzida
no mundo é desperdiçada. A quantidade deitada fora seria suficiente para
alimentar todas as pessoas que passam fome.
A cadeia alimentar da União Europeia regista um desperdício
anual de cerca de 88 milhões de toneladas e desde a produção agrícola até ao
consumidor final as perdas atingem os 30%.
Em Portugal, desperdiça-se qualquer coisa como um milhão de
toneladas de alimentos por ano, sendo que 332 mil quilos têm origem nas casas
dos consumidores — ou seja, 17% do que é produzido acaba no lixo.
Sem comentários:
Enviar um comentário