Iraque: segundo o relatório da UNICEF - A
Heavy Price for Children
- 3.6
milhões de crianças, 1 em cada 5, correm
sério perigo de morte, ferimentos, violência sexual, rapto e recrutamento por
grupos armados. O documento revela que o número de crianças expostas a estas
violações aumentou 1.3 milhões em 18 meses, e que, neste momento, 4.7 milhões
de crianças precisam de assistência humanitária – um terço de todas as crianças
iraquianas. O relatório documenta a escala e a complexidade da crise
humanitária num país fragilizado por quatro décadas de conflito, insegurança,
negligência e onde o impacto sobre as crianças piora de dia para dia. Nos
últimos dois anos e meio, cerca de 1500 crianças foram raptadas no país – um
dado verdadeiramente chocante que representa uma média de 50 raptos por mês,
muitas delas forçadas a combater ou sujeitas a abusos sexuais. O relatório
mostra também que, desde o início de 2014, cerca de 10% das crianças iraquianas
– mais de 1.5 milhões – viram-se obrigadas a abandonar as suas casas devido à
violência. Quase uma em cada cinco escolas não estão em condições de ser
utilizadas e perto de 3.5 milhões de crianças em idade escolar estão fora da
escola.
Síria: em Alepo, 2 milhões
de pessoas não têm acesso a água canalizada através da rede de abastecimento
pública devido à escalada de ataques e combates que danificaram os sistemas
elétricos necessários para o fornecimento de água à cidade. No dia 31 de Julho,
foi atingida a central elétrica que permitia o fornecimento de água para as
zonas este e oeste de Alepo. As autoridades conseguiram restabelecer
rapidamente uma linha de eletricidade alternativa no dia 4 de Agosto e o
sistema de abastecimento de água da cidade voltou a funcionar. Mas em menos de
24 horas, os confrontos intensificaram-se e o sistema foi novamente danificado,
deitando por terra todos os esforços de reparação. “As crianças e as famílias em Alepo estão a enfrentar uma situação
catastrófica. Estes cortes ocorrem em plena onda de calor, colocando as
crianças em risco grave de doenças transmissíveis pela água” denuncia o representante
da UNICEF na Síria. Se o fornecimento da água não for restabelecido nos
próximos dias, dois milhões de habitantes serão forçados a recorrer a fontes de
água não potável.
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