Fechou-se a porta. Um aperto de mão com a Turquia estancou a torrente de migrantes e refugiados que corre para a Europa. Mas ainda há mais de 50 mil pessoas bloqueadas na Grécia, assombradas pela hipótese de deportação.
No passado dia 21 de Junho a Organização Médicos Sem Fronteiras conseguiu chegar ao campo de refugiados de Bama, na Nigéria, e alertou o mundo para a "emergência humanitária catastrófica" que lá se vive.
O campo alberga cerca de 24 mil deslocados internos, entre os quais 15 mil crianças. São uma pequena parte dos mais de 2,1 milhões de refugiados e deslocados, que fogem da violência das incursões do grupo armado Boko Haram no norte da Nigéria.
Só desde finais de maio cerca de 200 pessoas morreram à fome. Uma em cada cinco crianças sofre de subnutrição aguda. Num cemitério improvisado próximo do campo contam-se mais de 1200 sepulturas. A maioria das pessoas morrem devido a diarreias e subnutrição.
Ao longo dos últimos sete anos, os sucessivos ataques do Boko Haram já provocaram mais de 20 mil mortos. Este ano, o exército da Nigéria lançou uma ofensiva de larga escala mas os ataques a vilas e aldeias do nordeste continuam a acontecer quase diariamente, deixando um rasto de destruição e violência pelo caminho.
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